quarta-feira, 18 de abril de 2012

E eis que a leveza se expande


Aquilo que era medo, desculpa para não viver a dor de ver certas coisas, desfaz-se ao pó. Uma hora todas as cortinas se escancaram. E já não há medo, delírio ou qualquer dúvida. Está tudo claro. Tão claro que pode cegar: também isso é uma escolha. 
E hoje renasço, nesta noite que faz a leveza novamente habitar esta morada-corpo. Alegria de um coração leve, pelo simples fato de ser. 

Como tão bem alertou Van Gogh, há momentos que convém eclipsar-se.
Pena àqueles que não conseguem conviver com a sua própria solidão.





.
.
.

terça-feira, 17 de abril de 2012

[Eu queria]

Eu queria ouvir um disco do Paul MacCartney sem precisar fazer download. 
Eu queria. 
Tentei o Grooveshark, está fora do ar. O lastfm há anos que não funciona. O youtube mais parece um supermercado, ou sessão de intervalo de novela, de tantos anúncios de publicidade que tem. O orkut virou brega. O facebóck é a nova onda, que tem seu lado interessante no compartilhamento de informações, mas que també...m tem um buraco bem mais embaixo, no quesito "recolher informações pessoais de seus usuários sem autorização". O anonimous cheguei até a pensar que era a revolução da matrix acontecendo ao vivo, civil virtual war, mas até agora ninguém conseguiu acabar nem com o facebook. O google +, e o tanto de rede social que foi criada nos últimos tempos, desculpe, não adianta mandar convite do linkedin, pois não irei participar. A internet já me atordoa, de tanta informação. As redes sociais me atordoam, de tanta informação. Me assusta a quantidade de gente querendo bancar uma vidinha preenchida no vazio de seus murais. E tudo porque... Eu só queria ouvir um disco do Paul. Pelo visto vou ter que baixar, sim, porque eu não tenho nenhuma culpa quando faço download, mesmo que existam muitos querendo dizer que isso é "pirataria", e que "pirataria é crime". Eu sei dos meus direitos, e sei também que não estou me beneficiando financeiramente da obra artística de ninguém. Trata-se de apreciação, de fazer com que o que é criação possa estar em movimento, talvez esse seja o sentido da arte, estar bem mais além de produções voltadas para os umbigos (de poucos). O megaupload foi fechado pelo FBI. O dono foi preso. O Bill Gates segue enriquecendo, enquanto o Steve Jobs morreu e virou livro em apenas dois dias. Enquanto isso, o velho 4shared segue firme e forte, muito embora a quantidade de arquivos disponíveis seja (estranhamente) cada vez menor. Que a indústria cinematográfica nunca consiga derrubar o Makingoff, porque boa parte do que eu conheço de cinema se deve aos cinéfilos que se encontram por lá, até porque em Pelotas não temos cinema (mas, ainda bem, temos um Festival de Cinema). 
Eu só queria ouvir um disco do Paul McCart...



---------


Para mais informações...


.
.
.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mínimas e máximas I

E com a chegada do outono, recolho todas aquelas cascas com as quais já estou deixando de me identificar.

Um salve:

O futuro pertence à jovem vanguarda*

Inspirada na retomada das audições ao álbum "orquestra klaxon", do  Max de Castro - filho do falecido Wilson Simonal - , surge o espaço para o transbordamento destas mínimas, ou máximas, ou quiçá mínimas porém máximas, ou máximas tão quanto mínimas.

Porque a fronteira entre o  máximo e o mínimo é só uma: o tênue.



*Nome da faixa 1 do álbum, um instrumental que antecede a funkzada "a história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do carnaval". Sim, Max de Castro é múltiplo no quesito "títulos de canções".  ;)


.
.
.